Estudos indicam que leite humano não transmite a doença
Em meio à pandemia de Covid-19, a preocupação das mães com a amamentação aumenta e uma dúvida surge: mulheres que contraíram a doença podem amamentar normalmente?
Os estudos feitos com amostras de leite de mães que tiveram covid-19 indicaram que vírus SARS-CoV-2 não é transmitido pela amamentação.
As mães podem e devem continuar amamentando, mesmo estando com sintomas compatíveis com a síndrome gripal ou infecção respiratória, ou mesmo a confirmação para covid-19, se for seu desejo e se estiver em condições clínicas adequadas.
Mas é importante que elas utilizem a máscara quando forem amamentar ou realizar algum cuidado com o bebê. E, claro, a higienização das mãos com bastante frequência, antes e depois da mamada ou cuidado.
Doação de leite
No entanto, a doação de leite, inclusive, para Bancos de Leite está contraindicada para mulheres com sintomas compatíveis com síndrome gripal, infecção respiratória ou confirmação de caso de SARS-Cov-2. Orientação semelhante também se estende para mulheres contactantes, durante o período da viremia.
Para os de mulheres que estão com o vírus – suspeito ou confirmado – é importante recomendar a contra indicação temporária da doação pelo período de 14 dias, contados a partir do início dos sintomas.
As normas técnicas dos Bancos de Leite oferecem segurança e garantia da qualidade em todo o processo de coleta, armazenamento e pasteurização, então não houve nenhuma mudança em relação a estes procedimentos. A principal recomendação é que para qualquer doença infectocontagiosa, não só para o coronavírus, a doação é contraindicada até a melhora do quadro.
A pandemia mudou algumas formas de atendimentos às mães e pais, mas a maioria desses institutos não interromperam seus serviços. Para ter acesso à lista de contatos dos Bancos de Leite Humano em todo o país, basta clicar no portal da rede – assim como recomendações básicas e notas técnicas sobre amamentação e covid-19.
Agosto: Mês Mundial da Amamentação
O tema da campanha deste ano é “Apoie o Aleitamento por um Planeta Saudável”, de acordo com os objetivos sustentáveis do milênio da Organização das Nações Unidas. O foco é o planeta porque, assim como ele, o leite materno é um alimento renovável, natural e que não traz custo ambiental.
O leite humano é ambientalmente seguro e não gera impactos ambientais como os substitutos do leite materno, que são as fórmulas infantis, em decorrência do processo de industrialização.
Mamaço virtual
A Semana Mundial do Aleitamento Materno foi encerrada na última sexta-feira (7), com o primeiro mamaço virtual promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Participaram a atriz Gisele Itié e o filho Pedro, de cinco meses, e os médicos Luciano Borges Santiago, Renato Kfouri e Moises Chencinski, integrantes dos departamentos científicos de Aleitamento Materno e de Imunizações da SBP.
Encontros virtuais no Agosto Dourado
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) está promovendo eventos virtuais, por causa da pandemia.
Serão transmitidas três palestras, nos dias 18, 19 e 20 de agosto, com o tema “A importância de apoiar o aleitamento materno nos primeiros 1000 dias de vida para a construção de um planeta mais saudável”. As inscrições podem ser feitas pelo site www.abre.ai/inscricaosmam.
Rede de apoio de uma consultoria materna
Alheia à pandemia, a vida das mães e bebês continua! A CEO da Mommy’s Angel e especialista em amamentação, Cintia Matieli explica:
Amamentar seu bebê é uma questão de saúde. Toda mãe deve amamentar seu bebê logo após o nascimento, já que o primeiro colostro é muito rico em nutrientes e previne milhares de doenças no bebê.
Amamentar faz bem também para a mãe em vários aspectos como, por exemplo, ajuda o corpo a voltar ao estado normal, a emagrecer e evitar o desenvolvimento de doenças graves como o câncer de mama.
É importante que no início do processo de amamentação, a mãe tenha uma rede de apoio de especialistas para que ela não desista de amamentar por conta de algum problema como mamas machucadas e ingurgitadas. Para isso, ter o acompanhamento de uma consultora materna-infantil é fundamental nos primeiros dias, após o nascimento do bebê.
A consultora materna ensina a pega correta, por exemplo, para que o bebê não pegue somente o bico, provocando graves machucados na mãe e podendo fazê-la desistir de amamentar.
Outra questão importante é sobre o primeiro leite, o colostro, e depois os procedimentos corretos para não dar mastite, não empedrar. A consultora também explica como deve ser feita a massagem para ajudar a produzir leite e não endurecer a mama.
Se você quiser saber mais sobre a importância da amamentação e atitudes imprescindíveis para estimular a produção do leite materno, acesse este artigo completo sobre o assunto.
Mãe, se mesmo assim estiver com problemas para amamentar seu bebê, não deixe de nos procurar! Uma consultoria materna em amamentação poderá mudar completamente os rumos do seu aleitamento, lembre-se disso!
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